quinta-feira, 29 de maio de 2008

Alimentação hoje

Lei delegada n° 4, lembra dela? Aquela que determinava o confisco dos bois no pasto, na era Sarney, aquele, que criou os ficais de preços em supermercados que ficaram conhecidos como fiscais doSarney! Seria cômico, se não fosse trágico!
Um dos piores momentos vividos pela economia nacional, em meio a uma hiperinflação e com alimentos sumindo das prateleiras, carne sumindo dos açougues,pelo desistímulo e perdas de produtores.
O ágil, lembra do ágil, aquele instrumento pelo qual os "espertos" tinham vez e você não! Pois bem, para quem não sabe a Argentina, aqui do lado vive senão um momento parecido, o início dele. Restrinjgiu a exportação de trigo e carne para que não houvesse desabastecimento do seu mercado interno.
Reflexos disso, aumento no seu pãozinho e no seu churrasco!Mas é importante lembrar de como era a estrutura de logística e distribuição, naquela época e como eram repostos os estoques. Nada comparado com a facilidade do mundo informatizado e de alta gestão de logística que temos hoje.
Aliado a estes fatores fundamentais o estímulo muito grande à agricultura e a pecuária no país.Vivemos bancando juros baixos para produtores rurais e renegociações para suas dívidas.
Desoneração fiscal para os produtores, tudo isso é bancado pelo seu imposto. Imposto que é cobrado abundantemente nos mesmos alimentos que eles produzem e que você consome e paga.
Não bastasse os nossos problemas internos e regionais há no mundo uma escassez de alimentos. Paízes que não produzem determinados alimentos, ou mesmo não conseguem produzir o suficiente para o seu consumo interno, tem que importar alimentos.
Quando muitos fatores combinados como aumento da renda global, tempestades, sêca, pragas, infecções animais, furacões, terremotos, maremotos, subsídios agrícolas de países ricos, e mais uma infinidade de veriáveis acontecem ao mesmo tempo, há um desiquilíbrio entre a oferta e a procura dos alimentos e as commodities, como são chamados os principais alimentos que formam o consumo no mundo, sobem.
Carestia, fome, distribuição inadequada, flagelo, tudo isso já vivemos aqui, e sabemos exatamente do que se trata. Mas a crise é de magnitude global e está acoplada ao choque do petróleo, a bolha especulativa no mercado imobiliário americano, ao temor de investidores e ao súbito corte de doações humanitárias, até pelo momento vivido.
Continete devastado por guerras e revoluções civis, além de doenças como a AIDS, a áfrica paga um preço enorme em vidas pelo obscurantismo em que está mergulhada, e pelo descaso humanitário do mundo.
Ajuda, além dos alimentos per si, tecnologia e custeio da formação agrícola nas terras do continente é desafio gigantesco. A agricultura de subsistência não alimentará uma África faminta e desassistida.
Nossos problemas aqui são muito menores, mas não há vontade política no reinvestimento das receitas geradas pelos impostos e superávits comerciais, no aumento de nossa produção. Corremos o riscos de bater recordes na balança comercial auferida em dólares e diminuirmos a produção de alimentos em toneladas.É o cachorro correndo atrás do rabo.
Desmatamento irregular, matas ciliares, monocultura, escoamento de safra, armazenagem de grãos, pequenas agro-indústrias locais, para vendermos produtos industrializados e manufaturados ao invés de commodities, desenvolvimento de plantel, febre aftosa, desenvolvimento agrário, correção de solo, pesquisas, independência dos fertilizantes estrangeiros, estes alguns dos desafios dos muito mais à vista para o governo nesta área.
Visão estratégia de longo prazo, investimento e mão na massa. É a receita de bolo para um segmento que sempre vai estar em alta.
Então me economiza, Lula!
Luis Stefano Grigolin

INTERACTIVE PRESS

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